domingo, 10 de outubro de 2010

A espera

Passo a vida aguardando o meu amor.
Ela virá, para alegria plena
Deste gran capitán, navegador,
Que perde o rumo quando a amada acena.
 
Na minha caravela, a brisa amena,
Ao me beijar a face, extingue a dor.
E a dor da ausência é triste, causa pena...
A mar algum irei se ela não for.
Como posso ir sozinho, a navegar,
Se, sem sua presença, o velho mar
Parece o cemitério dos amantes?

Ela virá, eu sei, posso senti-lo,
E aprenderei que o amor não é aquilo,
Aquele mar de dor que havia antes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário